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quarta-feira, julho 27, 2011

A propósito do trágico acontecimento da Noruega em que dezenas de jovens faleceram sem saber porquê

I1.Anda para aí uma polémica sobre a extrema-direita e a propósito da mortandade causada por um cidadão norueguês.

II.1.Uns exigem que se grite mais alto em ordem a fazer penitência de algum "complexo de direita" (5dias.net).2.Outros afirmam que as ideias do homicida seriam boas com excepção da violência (como foi o caso de um eleito da Liga do Norte, em Itália).3.Outros escrevem na imprensa aproximando de Paulo Portas, como é o caso do jornalista F. J.Gonçalves no Correio da Manhã.

III.1.As ideias do homicida norueguês são um conjunto de disparates, sem qualquer coerência histórica ou ideológica.2.Apela-se a uma aliança com a Al-Qaeda em ordem a colocar os muçulmanos "na ordem", retirando-os da Europa.3.Manifesta-se contra a influência muçulmana na Europa, afirmando que isto será a "Eurábia".4.Mostra-se favorável a Israel e detesta Hitler.5.E assinala como líderes históricos Carlos Martel, Ricardo e Cid.

IV.Em vez de andarem a perseguir quem é favorável ou mais ou menos favorável às ideias do homicida, seria bom explicar a incoerência deste senhor norueguês que não soube honrar a pátria que lhe deu casa. Seria bom explicar as ideias que tem e a confrangedora visão maniqueísta do Mundo. Seria bom explicar e demonstrar a superficialidade e a confusão que pairava naquele cérebro. Seria bom explicar a este senhor que a tradição do conhecimento ocidental envolve muçulmanos, judeus e cristãos. Seria bom explicar por que razão o monoteísmo foi um passo de gigante na construção do saber mas também sede de mortandades seja contra Cristãos, na Grécia ou em Chipre, contra Judeus, seja na Polónia ou em Portugal, e contra Muçulmanos seja na Bósnia ou em Espanha. Explicar.

V.Constata-se pois que há um conjunto de pensadores que pretendem ver neste caso algo que não conseguem disfarçar: marcar o outro, perseguir. Este senhor norueguês marcou dezenas que tombaram sem perceber porquê. Deixem-se de perseguir! Expliquem isso sim ideia por ideia aos novos por que razão se trata de um sujeito confuso e que mesmo numa certa aparente ideologia que comungará nem a mesma é sabida. Expliquem aos mais novos que o caminho é a LIBERDADE e o CUIDADO pelo Outro e por Nós. O norueguês tinha excesso de informação compactada e parcial, mas sobretudo deficiente valoração.

terça-feira, julho 26, 2011

Boys for the jobs? Nada disso! Póquer...

I1.Rapaziada do aparelho para a gamela do poder é uma generalização.2.Muitos terão mais de 30 anos.3.E com 30 anos pode-se ter uma vida profissional com esta ou aquela ligação a grupos de interesse.4.Não se pode apagar o que se fez.5.E sempre se pode afirmar com uma dose elevada de objectividade que os grupos de interesse escolhem os melhores, os mais capazes.


II1.A questão coloca-se quando uma sequência de personalidades tem em cada indivíduo em particular o cartãozinho da militância, sendo tal sequência aliada à quota de cada partido no poder.2.É o que se passa com a CGD.


III.1.Nogueira Leite é um homem com um excelente curriculum vitae.2.É um homem da economia.3.Não é de admirar que venha para a banca, mesmo com a idade que tem.4.Também não é de admirar que venha de um grupo, o grupo Mello.5.Alguém com o seu curriculum, não poderia estar a gerir uma oficina ou mesmo uma rede regional de restaurantes de cozinha minhota.6.Tem o seu passado, mérito seu.


IV.1.O que é estranho, repete-se, é a quota dos escolhidos.2.Mais se evidenciando o senhor do CDS, cabeça de lista em 2005 pelo CDS em Santarém e que em prestações públicas de discurso raia o rídiculo, mesmo ao nível da matéria global, a economia.


V.1.Teriam disfarçado melhor se pusessem um funcionário de topo da CGD.2.Mesmo que fosse da FTDC.3.Sempre seria melhor que um funcionário de segunda linha de uma sucursal do Norte.4.Nem isso foram capazes!5.Mas o póquer, ao menos não foi conseguido...talvez falte o ás de copas...ou o joker.











Agrada-nos particularmente ... este governante.


PONTUALIDADE. Ponto por ponto. E tempo certo.

Por tudo o que temos sido.

Merecem. Já não era sem tempo!

quarta-feira, abril 20, 2011

Os patrioteiros de treta

1. Anda para aí uma ideia de defesa de soberania. O contexto é a vinda de delegados do FMI, da Comissão Europeia, e do BCE.
2....estão a intrometer-se na soberania nacional! Dizem.
3. Esquecem-se que usaram dinheiro estrangeiro quando compraram casa ou automóvel?
4. ...quando viram a educação dos filhos a ser dada ?
5....e quando se envaidecem com a última viagem ?
6....e quando se montam nas auto-estradas?
7. Atitude patriótica : responder ao gasto, pagar.
8.A seguir, aprender a votar, a participar, por convicções e não por interesses.

domingo, abril 17, 2011

Há uma Direita...que pede UNIDADE de SENTIDO NACIONAL


  1. Cavaco Silva representa o que há de mau em Portugal. Sob a capa de uma pretensa postura autoritária e sóbria engana a Direita, a mais fútil e dada ao aparente, e uma certa esquerda com o seu keinesianismo bacoco. Foi assim em 87.

  2. Cavaco Silva é Presidente. Reeleito, mostrou-se na noite da vitória. Rancoroso. Oco, mais uma vez. Guardava os rancores (legítimos desde já se diga...atenta a mediocridade do mediático e de alguma populaça "política") para a arrecadação.

  3. Cavaco Silva é supremo magistrado da Nação.

  4. A magistratura referencia-se pela palavra. O magistrado judicial diz o direito (jus dicere), a palavra da lei, o magistrado da Nação discursa sbstantivamente. Não.

  5. Cavaco Silva discursa vagamente. Discursa para que cada um tire uma interpretação. Dada a acefalia reinante, preocupam-se os actores politicos e mediáticos no que o Presidente quis dizer. Obviamente o menos interessante. Deve-se dizer, o Presidente não falou.

  6. Cavaco Silva é o Presidente do Adjectivo.

  7. Serve para iludir.

  8. Dentro das ilusões que há mais de 20 anos pululam na Lusitânia...

  9. Não temos classe política. Temos pessoas que ocupam lugares.

  10. Há uma Direita que firme nos seus propósitos, não se rende a Cavaco.

  11. Há uma Direita que, a bem da Democracia, exige a Palavra do Presidente.

  12. Há uma Direita que não vai em balões e inaugurações de coreto, fantasias de modernidade com um povo atrasado moralmente.

  13. Há uma Direita que apela à virtude, ao hábito reiterado, à disciplina e ao esforço.

  14. Há uma Direita que quer pouca gente na política, mas gente com mérito, com vida feita.

  15. Há uma Direita que, tendo lido o País, percebeu que vivemos tempos de excepcionalidade, exigindo-se a Unidade de Sentido Nacional, a bem de todos.

sábado, abril 16, 2011

Agora, aparecem alguns messias...



  1. No seu livro recente, Vitor Bento lembra Adam Smith bem como Marshall. É assim. Em tempos de crise, chamam-se aqueles que dizem algo que permanece ou Aquele. Neste último caso, reza-se. No primeiro caso, lembra-se. Afinal a memória serve.


  2. Como bem descreve no livrinho, a economia apareceu ligada à Moral. A moral determina o comportamento económico de uma comunidade. Se a comunidade é egoista é uma coisa se é comunitarista é outra. Evidência.


  3. Contudo fala-se pouco do sentido nacional.


  4. O sentido nacional é organizado. E é-lo em torno de alguém que dá o exemplo. Seja Rei, seja presidente ou primeiro-ministro numa república. Ninguém deu exemplo nos últimos 20 anos. O povo, maioritariamente massa homogénea iletrada vai atrás da publicidade, da maquilhagem, do falso, e do aparente. Queixam-se agora dos bancos. Queixam-se dos ladrões dos gestores. Dos políticos e até um bastonário de uma corporação já diz que a democracia deve ser temporalmente extinta. Francamente o povo é estúpido, como o são os seus líderes.


  5. Num esforço de cada um, deve-se dizer não a tudo isto. O político é um momento nobre numa comunidade. E se é certo que a comunidade pecou à sombra da luxuria da oferta e da gula da coisa mercadejada é tempo de poupar, de meditar e de reagir como bons reaccionários.


  6. A democracia não é para ser negociada, é para ser cumprida, e a penitência faz parte do homem que ama a democracia pois acreditamos na imperfeição humana mas também na passagem, na ultrapassagem, na Páscoa.